Hepatite B: 1 em cada 4 brasileiros não sabe que tem a doença; veja sinais

Recôncavo News
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O Ministério da Saúde estima que cerca de um em cada quatro brasileiros não sabe que tem hepatite B. 


De acordo com dados apresentados pela pasta, entre 1 milhão de pessoas que devem viver com a doença viral no País, somente 264 mil (24%) foram diagnosticadas.


A quantidade de indivíduos com acesso a medicamentos é ainda menor: apenas 41 mil fazem tratamento.


A meta do Ministério é ampliar esse número para 100 mil nos próximos dois anos. O cenário da doença no país foi apresentado na manhã desta quarta-feira durante coletiva de imprensa. 


A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel, explicou que a queda deve estar relacionada à pandemia de covid-19. "Precisamos resgatar e ampliar o diagnóstico nas unidades de saúde", disse.


Atualmente, há cinco tipos de hepatite em circulação no Brasil, sendo que as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. O grande risco é que elas podem atingir o fígado, levando a quadros como a cirrose.


A Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) aprovou a inclusão de um novo tratamento no SUS, que possibilita que as pessoas alcancem a cura em um período menor e com menos efeitos adversos. 


Com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), o tratamento poderá começar mais cedo, já que será suficiente a identificação da carga viral da hepatite B e a relação com a idade da pessoa para, assim, iniciar a medicação.


Antes, o paciente devia ser avaliado por especialistas e considerar outros testes.


As estatísticas indicam que os homens são o público mais atingido pela doença, representando 56% do total de casos.


A meta do Ministério da Saúde é ampliar o diagnóstico, chegando a 90% dos potenciais casos até 2030. Atualmente, o governo disponibiliza no SUS tanto a vacina contra hepatite A quanto contra hepatite B. 


"Infelizmente, desde 2015 temos uma diminuição da cobertura vacinal, e isso reflete nos números de transmissão da fase adulta. 


Precisamos vacinar as crianças", alertou a médica. Ainda de acordo com ela, essa vacina é oferecida na maternidade, mas é fundamental garantir que 100% dos bebês recebam o imunizante ao nascer e, depois, o reforço. 


"Devemos resgatar a alta cobertura vacinal para um doença que é prevenível e leva pessoas a óbito", defendeu Ethel. 


O Ministério da Saúde recomenda que a vacina contra hepatite B seja oferecida em quatro doses: ao nascer, aos 2 meses , 4 meses e 6 meses de idade. Para os adultos, o imunizante deve ser aplicado em três doses.


Os sintomas associados à doença 


Um dos principais entraves ao diagnóstico da hepatite B é que a doença nem sempre dá sintomas. 


Muitas vezes, os sinais só começam a se manifestar quando o quadro está avançado. 


Os principais indícios são: cansaço, tontura, enjoo e vômito, febre, pele e olhos amarelos. Por isso é importante que a população tenha uma rotina de testagem rápida da doença e se conscientize, solicitando o teste nos postos de saúde. 


Cabe destacar que o exame indicado é a sorologia, ou seja, o exame de sangue.


Como é a transmissão 


A hepatite B pode ser transmitida de diversas formas, como por meio do sexo sem preservativos com uma pessoa infectada e compartilhamento de seringas, agulhas e outros equipamentos utilizados no uso de drogas, como cachimbos. Outro meio de transmissão é de mãe para filho durante a gravidez.


Objetos cortantes também merecem atenção, como alicates na manicure, já que o vírus passa adiante por meio de sangue contaminado.


Fonte: Uol

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