Os investigadores cumprem 20 mandados de busca em sete estados — GO, MT, SE, SP, RJ, MG e BA. Os crimes apurados pela PF teriam ocorrido entre os anos de 2017 e 2021.
“As investigações apontam que, de um lado, o aluno já matriculado em uma Instituição de Ensino Superior privada comparece à instituição financeira (Caixa Econômica ou Banco do Brasil) e contrata o financiamento. Do outro lado, a IES procede com adesão ao programa e disponibiliza os valores que serão convertidos em bolsas de estudo, posteriormente, concedidas aos estudantes beneficiados pelo financiamento”, diz a PF.
“As condutas investigadas decorrem, sobretudo, da inserção de dados fraudulentos junto ao SisFIES (sistema de bolsas do Fies) e que, por consequência, implicaram na recompra indevida de diversos títulos públicos em favor de diferentes instituições de ensino”, diz a PF.
A PF diz ter identificado a participação de então servidores do FNDE nas fraudes. “Além do cadastramento indevido de liminares, também foram identificadas inconsistências quanto ao cadastramento extemporâneo de financiamentos com fins a beneficiar estudantes de modo individual. Em um dos casos, uma empregada terceirizada do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação alterou, de modo indevido, o seu próprio processo de financiamento e o de seu companheiro”, diz a PF.
“Também restou demonstrada a existência de indícios de atuação de membros de escritórios advocatícios especializados em Direito Educacional. Até o momento, já foi identificado o envolvimento de, pelo menos, 20 faculdades localizadas em diferentes unidades da federação”, segue a PF.