O caso aconteceu há cerca de um mês, mas só agora chegou ao conhecimento público. Um vídeo, feito por uma estagiária da rede de educação municipal, flagrou um aluno especial, de 7 anos, sendo arrastado pelo braço até o lado de fora da sala por um, também, estagiário.
A cena, de maus tratos, aconteceu na Escola Municipal Bernardo Venâncio Carvalho, no Jardim Liberdade, em Rondonópolis-MT.
Revoltado, o pai do menino disse que ficou sabendo dos maus tratos sofridos pelo filho por meio da psicóloga que atende a criança. “Meu filho faz tratamento em uma clínica e a psicóloga me chamou para contar o que estava acontecendo e me mostrou o vídeo”, relatou o pai que, sem se identificar, participou ao vivo pelo telefone do Cidade Agora, da TV Cidade.
A profissional também atende na escola onde a criança estuda e teve acesso ao vídeo depois que viu algumas pessoas o assistindo na unidade.
A criança, de acordo com o pai, desde os três anos é acompanhada psicologicamente e faz uso de medicamente controlado. Ao saber do que aconteceu, ficou revoltado e no momento questiona a postura adotada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), já que, segundo ele, não tomou as providências necessárias e só teria exonerado a professora após ele ter ido até à Semed conversar com a secretária Mara Gleibe, na semana passada.
Na manhã desta quarta-feira (7), em uma coletiva com a imprensa, a secretária Mara Gleibe, afirmou que a Semed tomou todas as medidas necessárias assim soube o que aconteceu na escola. “Quando ficamos sabendo do vídeo, imediatamente, chamamos a direção da escola e demitimos todo o departamento que cuida dessa área [educação especial].
Demitimos o estagiário, a professora e já abrimos um procedimento administrativo disciplinar contra a diretora e coordenadora da escola e solicitamos o afastamento delas de imediato”.
Questionada sobre a postura do estagiário, a secretária diz que não sabe responder o que aconteceu e ressalta que o departamento que atende as crianças especiais na rede é capacitado.
“Nós temos um departamento com doutoras especializadas nesta área, com mestres que acompanham esses estagiários, alunos e professores”, afirma Mara Gleibe que ainda continua “para nós foi uma coisa absurda e inaceitável”.
Ainda durante a coletiva, a secretária lembrou que Rondonópolis é pioneira na Educação Inclusiva e pediu, publicamente, desculpe aos pais. “Já pedimos para os pais e estamos aqui publicamente pedindo perdão pela atitude daqueles que nem podemos chamar de profissionais”, finaliza.
Veja o vídeo: