O presidente Jair Bolsonaro publicou na madrugada desta quarta-feira em uma rede social que a L’Oreal , a Honda e a MWM , uma fábrica de motores, haviam anunciado o fechamento de fábricas na Argentina e a instalação no Brasil. As empresas negaram a transferência das fábricas. A publicação foi apagada algumas horas depois.
No post, Bolsonaro justificou a mudança das empresas pela suposta “confiabilidade do investidor” no Brasil e disse que as novas fábricas trariam mais emprego ao país.
“MWM, fábrica de motores americanos, a Honda, gigante de automóveis, e a L’Óreal anunciaram o fechamento de suas fábricas na Argentina e instalação no Brasil. A nova confiabilidade do investidor vem para gerar mais empregos e maior giro econômico em nosso país”, dizia a publicação.
Na noite desta quarta-feira, o presidente pediu desculpas pela postagem , por meio do seu porta-voz. Apesar do presidente ter voltado atrás e apagado o post, oito horas depois, seu assessor especial, Arthur Weintraub, insistiu no tema na mesma rede social:
"Empresas grandes fechando fábricas na Argentina e se transferindo pro Brasil. Isso é confiabilidade. Investimento que vai aumentar empregos no País. Agora imagine se não fosse o PR Bolsonaro no governo. Imagine se fosse um que grita "enjaulado livre" presidente. Na Argentina tem."
Em nota, a Honda informou que anunciou em agosto deste ano que deixaria de produzir automóveis na Argentina em 2020, mas que a produção de motocicletas continuaria. Com isso, nenhuma fábrica seria fechada. Segundo a empresa, não há previsão de trazer fábricas para o Brasil.
A L'Óreal Brasil disse, em nota, que a informação de que a empresa fecharia uma fábrica na Argentina para transferir a produção para o Brasil é de um artigo publicado na imprensa em 2001. Ainda segundo a nota, a L'Óreal fabrica seus produtos em parceria com uma empresa local e não tem planos de mudar a situação.
Questionada, a MWM divulgou uma nota de 27 de setembro em que informava que fecharia suas operações na cidade de Jesus Maria, em Córdoba, no dia 1º de outubro. Na mesma nota, ela informa que o suporte dos produtos do Mercosul seria realizado pela operação brasileira. Com informações do Jornal O Globo.