Conheça os efeitos que o álcool causa no organismo feminino

Recôncavo News
Primeiramente, é importante ressaltar que as mulheres enfrentam riscos particulares à saúde por uso de álcool, sendo mais vulneráveis aos efeitos dessa substância devido a diferenças na composição biológica entre os gêneros. Em comparação aos homens, elas têm relativamente menos água (o que faz com que o álcool fique mais concentrado), geralmente pesam menos e possuem níveis menores de enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool.

Isso faz com que, quando consumidas as mesmas quantidades de bebidas alcoólicas que os homens, elas apresentem níveis mais elevados de álcool no sangue e demorem mais tempo para metabolizá-lo, ou seja, os efeitos ocorrem mais rapidamente e tendem a ser mais duradouros. Com isso, elas têm maior probabilidade de ter problemas relacionados ao álcool com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens.

Pessoas que bebem mais também são propensas ao consumo de mais calorias, a partir da combinação de bebidas alcoólicas com alimentos ricos em gorduras e adição de açúcares, de acordo com estudo multicêntrico divulgado pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism – NIAAA. O estudo com mais de 15 mil adultos norte-americanos revelou que o aumento da ingestão de bebida alcoólica foi associado com diminuição da qualidade da dieta. "Beber pesado e fatores da dieta foram independentemente associados com doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer e outros problemas crônicos de saúde. Esta descoberta levanta questões sobre a possibilidade da combinação do uso indevido de álcool e má alimentação interagirem aumentando ainda mais os riscos para a saúde.", segundo o Diretor do NIAAA, Dr. Kenneth R. Warren.

Vale lembrar que, quando consumido em excesso, o álcool pode diminuir a absorção ou prejudicar o metabolismo de diversos nutrientes. Por exemplo, interfere na absorção de vitaminas no intestino delgado e diminui seu armazenamento no fígado, com efeitos no folato (ácido fólico), na piridoxina (B6), na tiamina (B1), no ácido nicotínico (niacina, B3) e na vitamina A. Sendo assim, dependendo da quantidade e padrão de consumo do álcool, o estado nutricional de uma pessoa pode ser afetado seriamente.

Transtornos de humor e ansiedade coexistem com transtornos por uso de álcool em cerca de 20% dos casos (excluindo casos transitórios que resultam do uso de álcool e/ou sua retirada, condições que normalmente melhoram espontaneamente), como revelado em amplo estudo. Sabe-se que sintomas de depressão e ansiedade estão presentes de forma mais comum em mulheres que em homens. Além disso, elas podem apresentar ainda tais sintomas na forma de uma síndrome, chamada de Transtorno Disfórico Pré-menstrual, diagnóstico recentemente descrito pelo DMS-5. O uso de álcool em quem apresenta tais sintomas tende a ocorrer de maneira mais problemática, estando essas pessoas mais vulneráveis ao uso nocivo. Veja os efeitos do álcool no corpo feminino:
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Fonte: CISA - Central de Informações Sobre Saúde e Álcool.
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