Entenda os diferentes tipos de testes para detecção da Covid-19

Beatriz
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Os testes para detectar a Covid-19 podem ser de diferentes tipos e devem obedecer a um período específico de aplicação. Isso evita, por exemplo, que ocorram resultados errados como o falso negativo para a doença. A pesquisadora Elisângela Teixeira, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal Ceará, explica os distintos tipos de testagem para o diagnóstico da doença.

Um estudo realizado por pesquisadoras da UFC aponta que quase metade dos testes realizados no Brasil para identificar a presença do coronavírus ou de seus anticorpos foi aplicada em "tempo inadequado" entre março e agosto de 2020. Dos 1.798.327 exames realizados entre 1° de março e 18 de agosto do ano passado, 868.872 (48,3%) foram feitos em períodos não recomendados pelas autoridades sanitárias, segundo a pesquisa.

O RT-PCR deve ser realizado em pessoas que estão sintomáticas e preferencialmente entre o 3º e 7º dia de sintomas, ou após contato com alguém que testou positivo. "Ele é feito pela coleta do material genérico do vírus diretamente na narina do paciente. O RT-PCR é o padrão ouro de todos os testes e ele é molecular, tem uma sensibilidade muito alta", explica Elisângela Teixeira.

A pesquisadora acrescenta que "a grande vantagem desse teste é que você consegue detectar a doença logo no início, e a desvantagem é porque é um teste mais caro e demora mais para sair o resultado desses exames".

São testes sorológicos rápidos e indicados para pessoas que tiveram sintomas da doença há mais de dez dias. O resultado pode sair em até quatro horas. É feito pela coleta de sangue.

"São realizados posteriormente a partir do oitavo dia do início dos sintomas, porque ele já vai detectar a presença de hemoglobina se o paciente teve ou não a doença", esclarece a pesquisadora.

Ig é a sigla para imunoglobulina. A imunoglobulina é um tipo de anticorpo produzido pelo sistema imunológico contra um agente invasor. IgM e IgG, então, são imonuglobinas das classes M e G.

A presença delas nos testes atuais indica se houve contato com o vírus e, também, em que estágio da doença a pessoa infectada se encontra.

Falso negativo

A data da realização do teste é importante para que não haja resultado falso negativo. Contudo, outros fatores podem culminar em um diagnóstico errado.

"O mais comum é dar falso negativo quando o teste é aplicado fora do período indicado, isso com relação ao início dos sintomas da doença, mas também pode ser por uma coleta não adequada ou um mau acondicionamento dessa coleta. Fora isso, tem a resposta do próprio organismo porque a pessoa pode não ter produzido imunoglobulinas. O teste positivo dos anticorpos IgM e IgG caracterizam que a pessoa produziu anticorpos após o contato do vírus, mas se ele deu negativo não significa dizer que ele não teve a doença e sim que ele não produziu anticorpos para combater a Covid-19, explicou a pesquisadora.

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