O dólar pode atingir a cotação de R$ 5,50 em 2019, de acordo com relatório do Bank of America Merrill Lynch divulgado nesta segunda-feira (02).
O banco traçou dois cenários possíveis para o pós-eleições. O mais positivo supõe um governo que siga com a agenda de reformas, com foco na Previdência, e tenha governabilidade alta.
O PIB neste cenário cresceria 1,8% em 2018 acelerando para 4% em 2019, com inflação baixa, Selic abaixo dos 7% e o dólar a R$ 3,30 no ano que vem.
Já o cenário negativo supõe um governo com agenda hostil ao mercado e muita incerteza sobre a capacidade de governar, o que causaria deterioração das condições econômicas.
Neste caso, a previsão é de um crescimento de 0,8% neste ano e a volta da recessão em 2019, com uma queda de 1% do PIB.
A Selic voltaria para um patamar de dois dígitos, a inflação estouraria os 6% definidos como teto de meta e o dólar chegaria a R$ 5,50.
“O ruído político associado ao ciclo eleitoral deve se intensificar nos próximos meses, adicionando riscos ao processo de retomada econômica”, diz o texto.
Há uma semana, o Itaú Unibanco também citou um cenário binário com previsão de cotações médias para o dólar em R$ 3,50 e R$ 4,50.
No primeiro cenário, supõe-se mais dificuldade externa e a não aprovação de reformas internas, especialmente as fiscais, causando dificuldade para obter financiamento.
“Nesse caso, o País precisará gerar superávits em conta corrente, o que seria compatível com uma moeda mais depreciada (acima de 4,50 reais por dólar)”.
O outro cenário, com aprovação de reformas e melhora dos fundamentos econômicos, melhora a situação do financiamento externo e permite migrar para um câmbio mais apreciado (abaixo de 3,50 reais por dólar). Com informações da Revista Exame.