Navio Maragojipe está afundando na Baía de Todos os Santos

Recôncavo News
O Navio Maragojipe que já foi o principal meio de transporte entre Salvador e o Recôncavo, está afundando na Baía de Todos os Santos. A embarcação, ancorada às margens de Aratu, virou e está com metade do casco encoberta pela água do mar. A reportagem esteve no local onde está o Maragogipe e constatou que o casco está totalmente enferrujado, com muitas partes destruídas e enormes buracos por onde é possível ver o interior do navio. A operação para o aproveitamento, ainda como embarcação, parece inviável.

Um funcionário de uma marina, vizinha de onde está o Maragogipe, disse que o fim previsto para o Maragogipe é a venda a um ferro velho. De fabricação alemã, o navio navegou por 35 anos, entre 1962 e 1997, na Baía de Todos os Santos. Antes das rodovias, a embarcação era vital para quem precisava locomover-se entre Salvador e as comunidades do Recôncavo, partindo de Maragogipe para Salvador, pela manhã, e retornando à tarde.

Com capacidade para 600 passageiros, o navio chegava a comportar o dobro disso na festa de São Bartolomeu, uma das mais tradicionais de Maragojipe. Alimentos e outras mercadorias também eram transportados por esse navio que cumpriu, assim, um papel importante para a economia regional. A embarcação possui 46,15 m de comprimento, calado de 2,35m e 364,7 toneladas de peso. O navio havia sido doado à Prefeitura de Maragojipe em setembro de 2001, que anunciou a intenção de implantar um museu náutico, mas não levou o projeto adiante. O Termo de Reversão de Bens Móveis chegou a ser assinado, mas a seguir foi anulado pela prefeitura. É como se houvesse uma recusa à doação recebida. A situação foi comunicada à Superintendência de Serviços Administrativos – SSA, da Secretaria da Administração (Saeb), através da Capitania dos Portos, e foram tomadas todas as providências necessárias para a retomada pelo Governo do Estado. O navio Maragojipe foi levado a leilão e arrematado por um grupo de empresários, que pagou R$ 204 mil.

O leilão foi promovido pela Secretaria da Administração do Estado e o ágio, na época, foi de 204,5% sobre o preço mínimo de R$ 67 mil. Na ocasião do leilão, foi anunciado de que o Maragogipe seria reformado para atividades turísticas. O arrematante Jeová Ferreira, que representa um grupo de empresários baianos, chegou a dizer que o navio “poderá ser utilizado para transporte, para atividades de lazer ou como restaurante”. Reconheceu que a embarcação precisaria de uma ampla reforma, mas que a sua recuperação era viável. Outro atrativo para ter adquirido Maragojipe, segundo ele, era “o valor simbólico do navio”, que navegou por décadas na Baía de Todos os Santos, transportando passageiros e mercadorias entre Salvador e a cidade de Maragogipe. Ao longo dos anos, o Maragojipe sentiu os efeitos da falta de manutenção e acabou tendo o casco furado pela ferrugem. Fonte: Agora na Bahia.
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