População reclama de lixo em praias da Ilha

Recôncavo News

Dia de sol, mar calmo e belas paisagens naturais. O cenário poderia ser perfeito para aproveitar as praias de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, não fosse o lixo acumulado em toda a extensão de areia, que impossibilita a passagem dos banhistas e aglomera moscas, ratos e baratas.

O descaso é alvo de crítica dos barraqueiros da região, que reclamam da coleta de lixo em um dos pontos de maior atração de turistas da Ilha. 


No último domingo, 1º, na praia de Barra do Pote, inúmeros tipos de material não biodegradável - garrafas pet, vidros, plásticos e pedaços de isopor, entre outros - misturados à areia transformaram a praia em um grande lixão a céu aberto.



Segundo Carlos Eduardo Carvalho, que há 15 anos trabalha como barraqueiro na localidade, o material já se acumula desde dezembro. "Os garis da prefeitura fazem a limpeza uma vez por semana, mas só removem o limo. Dizem que o resto, como garrafas e latas, é responsabilidade dos barraqueiros. Muito desse lixo chegou na praia por causa das chuvas durante o Carnaval. Já enviamos fotos, vídeos e ligamos para a prefeitura, mas não recebemos resposta", reclama ele.


Além de desagradar quem trabalha no local, o mau cheiro e as moscas atraídas pelo entulho também afastam os clientes das barracas. 

Carlos ressalta que, por causa desta situação, o movimento no Carnaval - época em que o faturamento é maior - foi fraco para todos os barraqueiros.

A pedagoga Virgínia Olímpio, de 39 anos, foi com a família passar o fim de semana na praia e se surpreendeu com o lixo. "Percebi uma grande quantidade de moscas e um mau cheiro que exalava perto das barracas. Além disto, fiquei preocupada com a possibilidade de meu filho se cortar nos objetos espalhados na areia. Não recomendo ninguém a frequentar a praia enquanto houver este descaso", revelou.


Em nota enviada ao Portal A TARDE, a prefeitura de Vera Cruz informou que a coleta "foi alvo de mais uma ação maliciosa de uma minoria", sendo prejudicado por uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), que teria impedido a retirada de lixo das praias pelas caçambas do município.

"A forma mais eficiente de tirar esse lixo é com a caçamba, mas como fomos notificados pelo MP, o trabalho foi prejudicado, pois não podemos sobrecarregar e cobrar dos agentes o resultado alcançado por uma máquina pesada. Infelizmente, quem sofre com isso é a população", justificou o secretário municipal de Obras, Pedro Alcântara. Ele acrescenta que é possível contratar carroças para fazer a coleta.


O barraqueiro Carlos confirma que algumas carroças fazem o serviço, mas chegam apenas até as ruas transversais. Por isso, grandes quantidades de lixo ainda permanecem na praia. "Alguns barraqueiros também não colaboram, porque jogam restos de comida na areia e não se preocupam com a proliferação de insetos e ratos", alerta. Fonte/Foto: Atarde.

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