SAJ: Hospital Regional realiza 1ª cirurgia por videolaparoscopia

Recôncavo News
O Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ), gerido pelo Instituto Fernando Filgueiras (IFF), começou a realizar cirurgias por videolaparoscopia. Os procedimentos tiveram início na quinta-feira, 29, com uma cirurgia de vesícula.

A previsão do coordenador do centro cirúrgico, o médico Carlos Alberto Assunção, é que sejam feitos dois procedimentos por dia com o método. O objetivo é que o número aumente gradativamente. O HRSAJ é o primeiro hospital 100% SUS - Sistema Único de Saúde (SUS) da região do Recôncavo Baiano a implantar cirurgia de videolaparoscopia.
Poderão ser feitas a maioria das cirurgias abdominais, como apêndice, vesícula, cisto de ovário e bariátrica, entre outras do aparelho digestivo. As cirurgias por videolaparoscopia apresentam uma série de vantagens em relação ao método convencional, por meio de corte no abdômen.
"Com o equipamento também podem ser realizados exames para biópsias e diagnóstico de diversas doenças da área interna do abdômen", afirmou o médico.

Os principais benefícios são a redução do tempo do pós-operatório, diminuição da dor e recuperação mais rápida do paciente, além da alta hospitalar ser reduzida de 72 horas para 12 horas.

"Habitualmente, no dia seguinte, o paciente tem alta. A recuperação tem relação com o tipo de cirurgia. É 10% do tempo de uma cirurgia convencional, onde o paciente tem internamento médio de quatro a 15 dias. As próximas cirurgias já estão sendo programadas", ressaltou o cirurgião Carlos Alberto Assunção.

De acordo com o coordenador da equipe, o cirurgião Antônio Carlos Assunção Neto, a operação é realizada na cavidade abdominal, por meio de pequenas incisões (cortes) de meio a um centímetro, utilizando material cirúrgico apropriado, além de um sistema de vídeo endoscópio com microcâmera, monitor e insuflador de gás. "É uma microcâmera de vídeo que filma o que há no abdômen e mostra as imagens em uma televisão. Depois da anestesia geral, faz-se um corte no umbigo de no máximo 1cm para colocar o primeiro equipamento, onde ficará a câmera de vídeo", explicou.

Além da incisão no umbigo, são feitas outras duas na barriga, às vezes três, com cortes de meio a um centímetro, para passar os outros instrumentos. "Um tubo passa pelo equipamento do umbigo para encher a cavidade abdominal de gás carbônico. O gás é essencial para afastar as alças do intestino. Pelo local por onde passou o tubo, é colocada a microcâmera que mostrará as imagens da cavidade abdominal em uma tela de televisão. A câmera fica até o fim", ressaltou.

Outros benefícios da videolaparoscopia são menor trauma cirúrgico, evitando grandes incisões e melhor resultado estético devido a menor incisão cirúrgica. A primeira paciente a passar pelo procedimento foi Ilma Mendes, de 52 anos. Moradora de Santo Antônio de Jesus, ela fez cirurgia de vesícula. "O resultado foi positivo. O risco de infecção é zero. E, além disso, propicia menor tempo para retorno a suas atividades. O paciente pode voltar ao trabalho em 48h", comemorou o cirurgião Antônio Carlos Assunção Neto.

O médico ressaltou que o que diferencia a videolaparoscopia da convencional, além das vantagens, é que não precisa abrir o abdômen. "Vale salientar que todo paciente submetido a laparoscopia deve estar ciente que poder ter a cirurgia convertida para o método tradicional, por exemplo, se ocorrer um sangramento que não se consiga controlar. O que importa é a integridade física do paciente", garantiu o coordenador da equipe, formada ainda por anestesista, auxiliar de cirurgião e instrumentador.

Redução de custo

Para o diretor geral do HRSAJ, Alex Carvalho, a aquisição do equipamento para a realização das cirurgias marca mais um avanço dado pelo hospital na busca por melhor qualidade no atendimento ao usuário. "O equipamento de videolaparoscopia adquirido por nós é o único da região em hospitais que atendem pelo SUS. É um avanço tecnológico que vem somar e agregar valor em termos de qualidade, diminuindo o tempo de internamento e a recuperação cirúrgica do paciente", salientou.

Para o hospital, que atende a 32 cidades da região, alguns dos benefícios são menor custo pós-operatório com analgésicos; redução significativa no tempo de internamento hospitalar; possibilidade de maior rodízio de pacientes na enfermaria, aumentado o número de pacientes beneficiados.

"Com a videolaparoscopia teremos mais agilidade na recuperação dos nossos pacientes, assim como maior rotatividade nos leitos pois, com a recuperação em menor espaço de tempo, disponibilizam-se mais vagas nas enfermarias do hospital, sem falar que gera menos custos para a saúde do Estado; dinheiro esse que poderemos investir em outros setores para a melhoria do atendimento ao cidadão", evidenciou Carvalho. Fonte/Foto: Atarde.

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