Tirada do ferry, TWB abandona atracadouros na Costa do Dendê

Recôncavo News
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Quando perdeu a operação do sistema ferry-boat, que faz a travessia marítima Salvador-Itaparica, restava à concessionária TWB a operação dos terminais de Morro de São Paulo, Gamboa e Ponta do Curral, no Baixo Sul. Porém, a empresa paulista abandonou estes terminais e seus 25 empregados, que têm uma série de passivos trabalhistas a receber. 

A tormenta dos funcionários da TWB S.A, responsável pelos terminais localizados na região conhecida como Costa do Dendê, começou junto com o processo de caducidade do contrato da operação do ferry- boat da TWB Bahia - que resultou em setembro de 2012 na intervenção do governo. As duas empresas têm os mesmos diretores, que sumiram. 

Após uma funcionária sofrer um acidente, os trabalhadores descobriram que, apesar de terem os descontos em folha, a concessionária não fazia o repasse da Previdência Social (INSS) e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Sobrou para empregados como Roni Rodrigues dos Santos, 31, que conseguiu o primeiro emprego da vida na TWB S.A., há cinco anos. “Esse foi meu primeiro emprego, cheguei lá no INSS e eu não existia, nunca pagaram meu INSS. 

O pior é que a gente nem pode ir procurar outro trabalho, porque corre o risco de perder os tempos”, diz. Sem perspectiva, os funcionários assumiram a gestão dos atracadouros. Mas, a tarifa de R$ 0,62 por usuário, estabelecida pela Agerba (agência estadual de regulação de transporte), não cobre todos os custos. “Antes todo o apoio vinha da TWB de Salvador: material de limpeza, o RH, a manutenção dos flutuantes, dos terminais. 

Agora no Verão até conseguimos pagar os salários, mas e quando baixar a demanda? Não teremos o que fazer”, lamenta Daniela Assis, funcionária administrativa. Outro problema são as férias. “A maioria tem duas, quatro férias vencidas. Está todo mundo inseguro com essa confusão. Desanima ter que se sujeitar a não receber o valor certo”, diz Daniela. Em dezembro, os trabalhadores não tiveram 13º calculado, sendo pago um valor único para todos: R$ 600. Fonte/Foto: Correio.

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