A
Santa Casa de Misericórdia e Maternidade Luiz Argolo de Santo Antônio
de Jesus está passando por graves problemas financeiros e isso tem
impossibilitado o desenvolvimento dos atendimentos.
Em decorrência
disso, os médicos Dr. Gil Couto, Dr. Francisco Freire, Dr. Trigo, Dra.
Malú, Dr.Vagner e Dra. Carmen procuraram a redação da rádio Andaiá FM
para relatar os diversos problemas que a Santa Casa e Maternidade Luiz
Argolo tem vivido.
A maior
preocupação dos médicos é do hospital ficar impossibilitado de atender
a população santoantoniense e região. “Nós chegamos a uma situação onde
nossa maior preocupação é a desassistência a população de Santo
Antônio de Jesus e da região.
A Santa Casa passa por um momento
extremamente crítico , pois falta material humano e medicamentos; há um
problema muito grave em termos de honorários tanto para médicos como
para funcionários.
A equipe médica já está desatendendo os convênios
da região e de Santo Antônio de Jesus, pois não está havendo repasse. A
nossa preocupação é que chegue a um ponto que a gente não consiga mais
prestar a assistência que a casa há quase noventa anos vem prestando”,
desabafou Dra. Malú.
O Hospital e
Maternidade Luiz Argolo chegou ao extremo, várias atividades foram
suspensas por falta de dinheiro. Sobre isso Dr. Vagner disse: “
Chegamos ao ponto de suspendermos cirurgias de convênios, pois a Santa
Casa não está repassando o dinheiro dos convênios desde 2009, além
disso, estamos há dois meses e meio sem receber salários.”
Dr.
Gil relatou que a qualquer momento pode faltar o básico, e essa é sua
maior preocupação , pois até as contas de água e energia a Santa Casa
está em débito , além disso, lembrou que a parte que deveria ser para
os médicos e os cirurgiões não estão sendo repassadas.
Alguns
hospitais de cidades vizinhas tem fechado as portas por causa de
problemas financeiros, e a preocupação dos médicos é que aconteça o
mesmo com a Santa Casa de nossa cidade. “Além das pessoas daqui, vem
gente de cidades vizinhas, e nós não temos condições de estar atendendo .
Nossa preocupação também é com os demais funcionários que estão há
cinco anos sem férias , décimo e salários atrasados, pois eles não tem
outro emprego”, relatou um dos médicos.
“Nós
estamos aqui para atender a população, mas precisamos também ter
condições de trabalho para que a gente possa dar assistência ao
atendimento, não queremos que uma instituição forte e humana venha
morrer desse jeito”, desabafou Dr. Francisco.
Os médicos salientaram que não pensam em paralisar os trabalhos, apenas se não tiver nenhum tipo de material. Fonte: Blog do Valente.