Que as espadas são pra lá de polêmicas, todo mundo já sabe. Que o tema divide a cidade (prós e contras), jornal velho. Que a cidade apesar de manter uma tradição secular (as espadas), cresce e se desenvolve. É novidade, mas o que fazer para adequar o velho e o novo? O censurável ao lícito? O que fazer para que a tradição seja mantida e aqueles que não apreciam as espadas não se sintam, de certa forma, coagidos, mesmo que sejam 02 (dois) ou 03 (três) dias no ano (no São João)? Pondero que com violência não vamos resolver o problema.
E, fundamentalmente, que os verdadeiros espadeiros possam, além de se divertir, gerar renda para a cidade. Acreditamos que o primeiro passo é discutir a legalidade das espadas, porque se outros fogos (foguetes, chuvinhas, cobrinhas e bombas) são fabricados, comercializados e queimados (tocados), as espadas podem e devem ser enquadradas em uma Legislação. O segundo é promover debates e buscar consenso. E depois, políticas públicas. Isso mesmo.
Financiamento, lugares para tocar ou queimar (acabar de ume vez por todas com essa estória de batalhas e guerras). Somos críticos do dito “espadódromo” único, porque seria uma espécie de churrasqueira humana. É necessário definir onde é permitido (locais). A criação da associação ou cooperativa é um caminho para acabar com os exageros e os “maus espadeiros”.
Primeiro, regulamentar a comercialização, depois cadastrar os espadeiros, em seguida, as bitolas e tamanhos seriam regulamentadas com a troca do bambu pelo papelão, muito mais leve e com padrões (tamanhos e bitolas). Experimento já utilizado com sucesso. O papelão seria distribuído ou vendido pela associação. Por fim, um local organizado, distante da zona urbana, usado somente para o fabrico. São idéias para que possamos efetivamente juntar o velho e o novo.
Por: Vereador André Eloy