Foi preso segunda-feira (15), em Castro Alves, a 190 quilômetros de Salvador, um homem acusado de matar uma mulher e uma adolescente de 14 anos.
Revoltados, os moradores tentaram invadir a delegacia e destruíram a casa do acusado. Foi preciso pedir reforço policial de cidades vizinhas para conter os manifestantes.
Imagens feitas através de um celular mostram o momento em que a casa foi saqueada e alguns objetos queimados do lado de fora. Uma hora depois, só restaram pedaços de móveis no chão, roupas espalhadas e muitos vidros.
Na cozinha, todos os eletrodomésticos foram roubados e por toda parte ficaram os alimentos que estavam dentro da geladeira. O que restou foi retirado com ajuda de alguns moradores.
Uma vizinha contou que foram momentos de desespero, já que os manifestantes queriam mesmo ter incendiado a casa. ‘Queimou cama, colchão, o guarda-roupa todo. Derrubaram o telhado, disseram que iam queimar a casa’, relata a pensionista Valdete Queiroz.
Para conter os manifestantes foi preciso pedir reforço da polícia de outras cidades. Os policiais tiveram que dar tiros para cima para espantar a população que ainda ameaçava incendiar a casa.
O motivo de tanta revolta foi um duplo assassinato cometido pelo dono da casa Antonio Cruz dos Santos, de 49 anos, morador de Castro Alves. O crime aconteceu na noite do último sábado (13), na estrada que vai para Sapeaçu.
O acusado matou a golpes de faca a adolescente Érica Santos de Jesus, de 14 anos, e Lucimeire Santos de Jesus, de 30. Em seguida, queimou os corpos, que foram encontrados pela polícia no dia seguinte ao crime.
‘Revolta. Era pra gente pegar ele vivo’, diz Rubens do Santos, padrasto de Érica.
Segundo a delegada de Castro Alves, o acusado confessou o crime e foi levado para a delegacia de Santo Antônio de Jesus. A mulher dele e filhos abandonaram a cidade antes mesmo de acontecer a manifestação.
‘Eles tinham um relacionamento de quase seis anos. É uma pessoa fria, é um criminoso frio, confessa o crime com uma certa naturalidade, contando todos os detalhes da ação criminosa’, afirma a delegada Edeilda da Silva Góes.
Com Informações de Leandro Alves - Canalfest
