Apesar do dólar em baixa, o que reduziu significativamente as exportações, o setor calçadista baiano vem conseguindo se manter no mercado, sobretudo interno, com perspectivas de ampliações e novas fábricas a partir deste ano. Somando contratos firmados na antiga e na atual gestão do governo do estado, existem hoje dez unidades de produção de calçados e componentes em implantação, e mais 21 protocolos de intenção assinados, o que totaliza 31 unidades. Os empreendimentos resultarão em investimentos de mais de R$175 milhões, e prometem gerar aproximadamente 16 mil empregos diretos.
Atualmente, o segmento reúne na Bahia 66 plantas industriais (sendo 43 de calçados e 23 de componentes) – distribuídas principalmente nas regiões de Feira de Santana, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itabuna, Vitória da Conquista e Ilhéus – e cerca de 26 mil trabalhadores diretos. As unidades respondem por uma produção anual de 43 milhões de pares de calçados, além de acessórios como bolsas, cintos, carteiras e pastas, e componentes como solados, tecidos, palmilhas, cadarços, adesivos e tintas.
Na relação das 21 fábricas com protocolo de intenção assinados, 11 são de calçados e dez de componentes, somando mais de R$108 milhões em investimentos. Entre as marcas de calçado estão a Dilly, Ditor, Pegada, Marathon e Pom-Dapi, que ficarão, respectivamente, em Santo Estevão, Amélia Rodrigues, Ruy Barbosa, Mata de São João e Ilhéus. Entre as indústrias de componentes estão Beta Plásticos, Marcon Bahia, ILP Têxtil, Liko Bahia e Texpal, previstas para serem instaladas em Milagres, Jequié, Camaçari, Teixeira de Freitas e Simões Filho, respectivamente. “A implantação de algumas dessas novas fábricas foi resultado da solução de antigas pendências, a exemplo de negociações iniciadas na gestão anterior, que haviam sido interrompidas”, explica o chefe de gabinete da SICM, Antônio Carlos Machado Matias.